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Capoeira em Ipatinga: Patrimônio Vivo, Luta Presente e Esperança em Movimento

  • 3 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de ago.

Em celebração ao Dia do Capoeirista – 03 de Agosto


No compasso do berimbau, pulsa uma história de resistência, identidade e transformação. Neste 3 de agosto, Dia do Capoeirista, a AIDÊ – Associação de Inclusão Desporto e Educação celebra não apenas uma data, mas um movimento vivo que resiste, inspira e educa.


Grupo de capoeiristas do Projeto Lutando Pela Vida reunido ao ar livre em frente ao letreiro “Eu Amo Ipatinga”, celebrando o Dia do Capoeirista.
Momento de celebração pelo Dia do Capoeirista no Parque Ipanema, em Ipatinga, reunindo integrantes da AIDÊ – Associação de Inclusão Desporto e Educação, em um ato simbólico de valorização da capoeira como patrimônio cultural e ferramenta de transformação social no Vale do Aço.

Nos últimos anos, a capoeira conquistou importantes reconhecimentos no município de Ipatinga. A AIDÊ esteve à frente de duas mobilizações históricas:


  • Lei Municipal nº 4.942/2024 – instituiu oficialmente o Dia Municipal do Capoeirista em 03 de agosto, valorizando a capoeira como patrimônio imaterial e reafirmando seu papel na construção cultural da cidade.

  • Lei Municipal nº 4.965/2024 – reconheceu o caráter educacional e formativo da capoeira, autorizando parcerias para sua inclusão nas escolas públicas e privadas por meio da Educação Integral. Mesmo vetada pelo Executivo, essa lei foi sancionada pela Câmara Municipal após uma intensa campanha de mobilização conduzida pela AIDÊ, com envio de ofícios e diálogos diretos com os parlamentares.


    Print da publicação oficial da Lei nº 4965/2024 que reconhece o caráter educativo da capoeira, autorizando sua inclusão nas escolas de Ipatinga.
    Captura da página oficial da Câmara de Ipatinga com a publicação da Lei nº 4.965/2024, que reconhece o caráter educacional e formativo da capoeira e autoriza sua inclusão no currículo das escolas por meio da Educação Integral. A sanção da lei foi resultado de uma intensa mobilização conduzida pela AIDÊ.

Essa vitória, no entanto, ainda carece de efetivação.

Apesar da sanção legal, nenhuma ação concreta foi adotada pela Prefeitura ou pela Secretaria de Educação para garantir que a capoeira chegue às escolas do Tempo Integral, como previsto na legislação. A ausência de diálogo e articulação institucional escancara o abismo entre o papel transformador da capoeira e o desinteresse do poder público em aplicá-lo no cotidiano escolar.

Nós, da AIDÊ, não nos calamos. Seguimos lutando.

Enquanto as escolas não abrem espaço para a roda, a roda acontece nas praças, nos parques, nos becos e nas sedes comunitárias. O Projeto Lutando Pela Vida, desenvolvido pela AIDÊ, é prova viva disso: aulas semanais, atividades inclusivas, eventos educativos e ações solidárias que integram crianças, jovens, adultos e pessoas com deficiência por meio da capoeira.


A capoeira, como expressão afro-brasileira, carrega em seu corpo a memória dos que resistiram e em sua ginga a força para transformar. É mais que luta – é linguagem, é pertença, é futuro.


Neste Dia do Capoeirista, celebramos com orgulho, mas também com coragem.

Convocamos a comunidade a se engajar não apenas nas rodas, mas também nas assembleias, nas discussões públicas, nas decisões coletivas. É preciso que a capoeira ocupe os espaços políticos, escolares e sociais com a dignidade que lhe é de direito.


Que cada roda ecoe como um grito de inclusão, que cada movimento inspire liberdade, e que cada capoeirista seja reconhecido como educador, artista e agente de transformação.


Seguimos com ginga, axé e compromisso pela capoeira que educa, une e transforma.



Graduado Miau – Coordenador do Projeto Lutando Pela Vida

Associação de Inclusão Desporto e Educação – AIDÊ


Registro de uma aula de capoeira em ambiente escolar com crianças e adolescentes participando ativamente, reforçando o caráter educativo da prática.
Encontro especial entre o Projeto Lutando Pela Vida e os alunos do Projeto Educar Mais, promovido pela Secretaria de Educação de Coronel Fabriciano. A aula de capoeira foi realizada na Escola Municipal Maria das Graças Ferreira, unindo os saberes da tradição afro-brasileira com a proposta de educação integral. Uma experiência que fortalece vínculos, promove inclusão e compartilha cultura entre municípios vizinhos.

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